Detido desde 20 de janeiro, Kim Dotcom, o fundador do site de armazenamento e compartilhamento de arquivos Megaupload, foi solto nessa quarta-feira (22) após pagamento de fiança. A soltura foi autorizada depois que o tribunal da Nova Zelândia determinou que fossem apreendidos todos os fundos que ele poderia utilizar para fugir do país.As autoridades norte-americanas afirmam que o Megaupload ocasionou cerca de meio bilhão de doláres em perda de receita de direitos autorais para compositores e cineastas, através da permissão de compartilhamento de cópias piratas de filmes, músicas e qualquer outro tipo de conteúdo. Ao longo desse tempo, Dotcom vem enfrentando acusações de um dos maiores casos de violação de direitos autorais da história dos Estados Unidos.
Dessa forma, o site fundado em 2005 foi fechado pelas autoridades no mês passado, além de terem sido apreendidos carros de luxo, obras de arte e investimentos do fundador.
Devido ao risco de fuga facilitado por dinheiro e contatos que possuía, o milionário chegou a receber resposta negativa para dois pedidos de fiança. A mudança na decisão feita pela juíza Nevin Dawson foi embasada em diminuição de risco, após os fundos terem sido apreendidos sem nenhuma evidência de novos bens ou contas bancárias secretas.
Um dos pontos de discussão sobre a condução do caso está na multinacionalidade de Dotcom. Ele nasceu na Alemanha batizado como Kim Schmitz, onde posteriormente mudou seu nome legalmente. Chegou a ter cidadania finlandesa e residência na Nova Zelândia, que foi concedida em 2010. Além disso, também viveu em Hong Kong, onde sua empresa está registrada.
Essas relações entre Estados Unidos, Finlândia e Alemanha acarretam algumas questões legislativas sobre o julgamento e a movimentação de Dotcom em liberdade.
Em entrevista a repórteres em Auckland, Kim disse que estava aliviado por poder ir para casa ver sua família, seus três filhos pequenos e sua esposa que está grávida.
Fonte: G1, BBC e USA Today
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